19 de out. de 2010

Programa alerta sobre sites que enviam seus dados para o Google

Extensão para Firefox, Safari e Chrome soa alarme quando seus dados são enviados de outros sites para Google

Geek

por Aylons Hazzud

Que o Google usa dados da navegação do usuário para vender propaganda direcionada, a maior parte das pessoas já sabe: as mensagens no Gmail determinam que tipo de anúncio você vai ver, por exemplo. Mas o que não é tão óbvio é que a gigante recebe dados da sua navegação mesmo quando você está em outros sites, através de serviços como o Google Analytics e videos do YouTube, quando são embutidos nas páginas dos outros sites.

A extensão Google Alarm não é nova, mas tem causado muito barulho entre usuários e desenvolvedores nos últimos dias. Sua função é exatamente reverter isso: tornar óbvio quando o gigante da busca está “rastreando” a navegação do usuário, mesmo fora dos domínios do Google. Depois de instalada no Firefox,
Safari ou, ironicamente, no Chrome, a extensão alerta sempre que for aberto um site que envia dados para o Google. A palavra “Alarm” no nome do programa não foi usada em vão: o aviso consiste de uma sonora sirene, além de luzes vermelhas no canto da tela.

A Geek navegou pela internet brasileira e foram poucos os sites em que não soou o alarme: o Google Adsense exibe suas propagandas em boa parte da web brasileira. A ferramenta para medir audiência Google Analytics está presente em muitos sites e blogs. Mas nem sempre a ferramenta funcionou como deveria: ao acessar o site bikemap.net, que usa a API do Google Maps, não soou nenhum alarme. Já o site da Bienal do Livro de São Paulo (bienaldolivrosp.com.br), que usa o Google Maps diretamente, emitiu os devidos alertas junto ao mapa.

Entre os sites “limpos” estão os sites de bancos, mesmo nas páginas em que não é preciso fazer login. Provavelmente, uma medida de segurança. Ao visitar blogs pessoais sem propaganda há uma boa chance de passar sem o alerta, pela falta do Adsense, mas é comum aparecer o alerta para o Analytics. Para quem quiser manter um ranking, a versão para Firefox mantém um registro estatístico e calcula o percentual de sites visitados que mandam dados para o Google. Essa função ainda não está presente nos outros navegadores.
A extensão foi criada durante a feira FUCK GOOGLE promovida pelo grupo F.A.T Labs (Free Art & Technology). Para acrescentar um pouco mais de ironia, tanto o site do F.A.T quanto a página oficial do “Google Alarm” disparam o alarme anti-google, inclusive a própria página do “FUCK GOOGLE”, pois todas usam a ferramenta Analytics.

Fonte:iG Tecnoligia

A reportagem acima mostra um problema que é inevitável. Junto ao avanço da tecnologia e em especial da internet, era esperado problemas com o citado acima viesse a ocorrer dentre tantos outros que surgiram e por ventura virão.

Torna-se mais preocupante quando vivemos num pais onde as pessoas são desinformadas e boa parte não tem uma educação de qualidade. E o pior é que esta desinformação é tanto por questões estruturais, ideológicas como também por questões de vontade do individuo.

Quando lidamos com usuários de computadores percebe-se claramente isso. A falta de esclarecimento é gritante, Mas também a falta de compromisso próprio de cada usuário é uma coisa inaceitável. E isto não se aplica apenas a uso do computador, em todas as áreas a situação é a mesma. As pessoas esperam que tudo aconteça por si só. Entendem que por se tratar de tecnologia, de computador as tarefas fluam por si só e que não adianta ter certos cuidados. Como eu dizia num artigo anterior que o computador sozinho não resolve. Assim, este é um dos pontos da questão

Um outro item diz respeito aos interesses comerciais de cada empresa inserida na no mercado de Web. Elas, é claro,necessitam de tantas informações necessárias para descrever a predileção do cliente com relação ao determinado produto quanto possível. E quanto mais informação neste sentido melhor. O problema está em como estas empresas obtém as informações de clientes. Muitas delas não comunicam ao usuário que estão coletando tais informações a seu respeito. E, nesta caso, os desavisados caem como cordeirinhos na armadilha, porque acham que basta sentar na frente de um micro e navegar a vontade como quiser sem as devidas precauções. No mundo virtual, assim como no real, necessitamos de regras de condutas para sobreviver.

Um ultima questão diz respeito a ética e à legalidade. Muitas empresas .aproveitam-se da ingenuidade e da falta de informação dos usuários da Web para coletar e dispor estas informações como bem quiser e entenderem. Podem muito bem vender as informações de um cliente para uma empresa inidônea ou não, ou mesmo para uma organização criminosa em troca de possíveis vantagens. Deveriam haver leis mais severas neste sentido é claro, mas ai advém um novo problema que é a evolução do direito neste sentido. O nosso código civil e penal, as leis em geral, não acompanharam evolução de nossa sociedade. Questões como crimes virtuais, adultério no mundo da informação, invasão de privacidade, etc. são exemplo do que estou relatando.

O que devemos aprender com isto tudo. Que nós é quem devemos, pelo menos por enquanto, nos precaver. Assim como na vida na rede mundial de computadores há de tudo. Do bom e do ruim. E muitas vezes não sabemos com quem estamos teclando, negociando ou mantendo relações sociais. internautas de um modo geral também tem que elabora uma política de segurança para si próprio para a família no que diz respeito ao uso das tecnologias que envolvem a rede mundial de computadores,.

Nada do que é feito na Web é oculto. Estamos cem por cento sendo vigiados, monitorados. É mais fácil apurarmos um crime virtual do que mesmo um que acontece na sua rua, ou seu bairro, pois tudo que é feito na Internet deixa rastros.

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